Oração ao pé feminino

Vem com pés de lã passear pelo meu peito.
Vem de manso ou de repente, pé de anjo, vem de qualquer jeito
Domar o meu espanto
De ser subjugado sob os pilotis das coxas do objeto amado. 


Vem com uma pulseira de cobre nos artelhos, 
Exorcizar os mil demônios
Que se enroscam entre os meus pentelhos. 

Vem ser lambido, lambuzado, entre os dedos, 
Vem girar os calcanhares no meu rosto,
Torturador sádico, querendo extorquir segredos.

Vem me submeter a tua tirania sem idade,
Vem violentar e ser violentado,
Cair de pé, em pé de igualdade. 

Vem com teu exército de dedos sobre mim perplexo. 
Vem pedestal.
Vem sereníssimo esmagar a cabeça de serpente do meu sexo


-- Henfil

Ver também
Literatura podólatra
Maneiras de amar os pés
Sensualidade e volúpia

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Maneiras de amar os pés

O pé e a estética
Olhar para os pés descalços ou parcialmente à mostra é uma citação do nudismo, ou apenas o ato de apreciar a harmonia das formas.

O pé e o toque
O contato com os pés é misterioso e erótico. A prática de tocá- los, beijá-los e lambê-los é muito difundida.

O pé e o odor
Muitos homens têm atração pelo cheiro dos pés descalçados, curtidos ou não pelos sapatos. Há locais especializados para "degustação" olfativa.

O pé e a carícia
Acariciar o homem com os pés é uma das práticas mais exaltadas.

O pé e a moda
A decoração dos pés é cada vez mais arrojada, incluindo anéis nos dedos e cores exóticas na pintura das unhas.

O pé sadomasô
Solas e saltos de sapatos são usados para alimentar fantasias de subjugação e dominação. O pênis e o corpo do homem são pisados pela mulher.

O pé e o riso
Fazer cócegas nos pés atados da mulher é uma variante lúdica da podolatria sadomasô.


Ver também:
Maneiras de amar os pés 2
Como reconhecer um podólatra
Calor enlouquece amantes de pés

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Mini-tratado de Podolatria

Sedução, fantasia, podolatria
Nem só de pão, teto, pano, coito e bula vive o homem, mas também de circo, poesia, palhaço, loucura e muito erotismo: de um lado o reclame, do outro a novela; de um lado a marca institucional, do outro aquela promoção sensacional; os sete ‘pecados’ de um são os sete trilhões do outro. Mas, não vamos falar de Marx, de Lord nem de Ford… – Que tal Freud?…
“O pé é uma arma feminina pouco difundida, mas muito cultuada”, afirma Juliana Monteiro. Em revistas impressas e eletrônicas, muito se fala sobre fantasias, fetiches e parafilias. [Determinados temas são incomuns nesses periódicos, destacando-se mais na literatura erótica, ultra-romântica, naturalista e surrealista: incesto, sadismo (do francês marquês de Sade), masoquismo (do austríaco Sacher-Masoch), restifismo (do francês Restif de la Bretonne)]. Entretanto, falar sobre a eroticidade dos pés é coisa rara tanto na mídia de massa quanto na mídia culta, principalmente no Brasil onde o preconceito e a ignorância encontram abrigo. Além destes, há outros motivos que fazem com que o tema ainda seja uma raridade. Primeiro, porque é sempre melhor praticar do que teorizar. Segundo, porque quando se divulga o ‘segredo dos pés’ vulgariza-se o que até então era sagrado, deixando portanto de ser uma prática de sedução apreciada pela elite erótica.
Pouco se fala sobre a podolatria, embora seja considerada o fetiche dos fetiches, embora muitos sonhem com essa prática e embora ela venha ganhando adeptos e conquistando seu espaço não só como forma altamente estimulante mas também altamente segura. Antigamente, o sexo livre era impune; hoje, com a peste negra da Aids, vem-se procurando novas maneiras de realizar inúmeras fantasias. Isso causa diversos fenômenos sociais. O que antes era considerado ‘perversão’, hoje, graças a essa busca pelo não-perigoso, é considerado ‘alternativa criativa’, que desperta desejos adormecidos pela sociedade desde a infância. A podolatria, como fator de uma sexualidade holística, torna-se uma alternativa natural e segura para todos – heterossexuais ou não. Outra vantagem dessa prática é que não existe nenhum tabu ou censura que obrigue a cobrir os pés. Eles estão sempre disponíveis para um toque, um carinho, sem ser esse ato considerado escandaloso ou imoral. Num jantar temperado de romantismo, o homem pode tocar os pés de sua companheira, causar-lhe excitação, sem que isso seja julgado.

Parafilia
Entende-se por ‘parafilia sexual’ qualquer tipo de adoração diferente do natural ou do convencional. Entende-se por natural todo pensamento, sentimento e comportamento que garantam a reprodução da espécie. Entende-se por convencional, todo pensamento, sentimento ou comportamento divulgado ou estabelecido pelos sistemas de comunicação de massa, ou seja, rádio, jornal, revista, TV – mídias às quais a classe baixa e média têm acesso. Em suma, poderíamos afirmar que o natural está para o instinto e à sobrevivência assim como o convencional está para a ideologia e à estatística.
Para estabelecer-se uma parafilia, está implícito o reconhecimento daquilo que é convencional ou natural para, em seguida, detectar-se o que estaria ‘ao lado’ desse natural ou convencional. Reconhece o sexo natural como sendo heterossexual, coital e com finalidade procriativa. Em algumas culturas, como a nossa, reconhece-se o sexo convencional como sendo prazeroso e pelo menos momentaneamente monogâmico. Veja-se que os termos atrelados às condições sexuais supracitadas são ‘natural’ e ‘convencional’, evitando-se o termo ‘normal’, devido ao fato de o vulgo confundir (erroneamente) o ‘não-normal’ com o ‘patológico’.
Certamente a anormalidade [Ver também: ‘normose’] é um conceito perigoso; suscita a impressão de que existe uma norma sempiterna. Constata-se, porém, que a ‘anormalidade’ de uma época tornou-se norma na seguinte, e deixou-se, portanto, assimilar. “Uma pessoa pode ser considerada divergente apenas porque sua conduta difere de uma norma socialmente aceita, mas também porque difere de um ideal moralmente aceito. Assim, embora um casamento feliz seja provavelmente exceção e não regra, a pessoa solteira ou infeliz no casamento é muitas vezes considerada anormal e socialmente divergente. Há tempos atrás, quando a masturbação era indiscutivelmente tão frequente quanto hoje, os psiquiatras consideravam essa prática como um sintoma e causa de insanidade”, exemplifica Thomas Szasz em ‘A Fabricação da Loucura’.  ‘Anormal’ não é um juízo de valor e não significa ‘degenerado’.
Cientificamente, não se poderia classificar o não-convencional como doentio. Socialmente, podemos até dizer que determinado rapaz seja anormal por ter engravidado mais de cinco mulheres ao mesmo tempo.
Porém, cientificamente ele será sempre um rapaz sadio, uma vez que está cumprindo com seus desígnios existenciais – isso sem contar que o número de mulheres no planeta é maior do que o número de varões. A ciência social poderia até classificar tal rapaz como amoral ou anormal, por se marginalizar aos preceitos e costumes do seu povo monogâmico, porém jamais o poderia classificar como patológico.
As parafilias são classificadas em: (absolutamente) patológicas (contra a natura) e (relativamente) não-patológicas (contra determinada cultura). Para a ciência, serão patológicas parafilias como o Celibatarismo, o Bestialismo, a Pedofilia (quase sempre relacionada à neoterofilia e à partenofilia). E não-patológicas parafilias como: • o Bissexualismo; • a Escopofilia ou Estefilia: adoração visual estética, que pode ser ativa (mixoscopia, conhecida pelo nome ‘voyeurismo’) ou passiva (exibicionismo do próprio corpo ou do corpo de outrem). O voyeurismo é o tipo mais comum de parafilia. Aqueles que passam horas diante da televisão podem até não ser voyeuristas sexuais, mas são voyeuristas. Aquela sua vizinha fofoqueira é uma voyeurista. Aquelas pessoas feito urubus em volta de um acidente é mais um exemplo da expressão voyeurista. • a Algolagnia: ativa (sadismo) ou passiva (masoquismo); • a Neoterofilia: atração por pessoas mais jovens, como colegiais, os atletas; • a Gerontofilia: atração por pessoas mais velhas, como professores, políticos; • a Partenofilia: atração por virgens, como as freiras, monjas; • a Topomania: atração por lugares ou circunstâncias exóticas, como aviões, aeromoças, academias, casas noturnas; • a Misofilia: atração ‘natural’ por sujeira; • a Autofilia: narcisismo, onanismo (masturbação) etc; • a Idolatria ou Fetichismo: adoração a um objeto, ou parte/aspecto de determinada coisa, pessoa, mineral, vegetal, animal ou espiritual.
Na verdade, as não-patológicas são relativamente patológicas. Isto é, uma atitude não-patológica pode se tornar patológica quando deixa de ser vista como meio para ser vista como fim em si mesma, ou quando a parte passa a ser vista como o todo. Uma pessoa só fetichista, que nunca considera o fetiche como condução à cópula, seria uma pessoa doente do ponto de vista científico. É neste sentido que Antônio Queiroz exemplifica que fantasiar uma situação é sempre válido e sadio e é uma atividade normal, prazerosa e aceitável. Mas, achar que só vai transar se a mulher estiver com ’calcinha cor-de-rosa’, ou o que quer que seja, já é fetichismo patológico. O fetichista obsessivo não só sonha, mas necessita que todas as suas transas sejam com ’calcinhas cor-de-rosa’, impreterivelmente. Esse tipo de atitude, muitas vezes, pode provocar problemas que vão da insatisfação sexual permanente à ausência de ereção nos casos mais graves. O resultado disso é uma incrível sensação de frustração, que pode chegar à depressão. O fetichista sadio pensa diferente: “Se der para praticar da forma como sonhei, tudo bem. Se não, vai do jeito que for.” Enfim, o fetiche pode fazer a festa ou desgraça do fetichista – tudo depende de como é utilizado.

Segundo o Dr. Havelock Ellis, o fetiche só se torna patológico quando os meios se transformam em fins e de maneira repetitiva, configurando um padrão de conduta rígido, o qual na maioria das vezes acaba por se transformar numa compulsão opressiva que impede outras alternativas sexuais. Para ele, os comportamentos sexopáticos não se limitam a condutas parafílicas e, comumente, podemos encontrar uma sexualidade não-parafílica (‘normal’) vivida de forma bastante psicopática (‘normopatia’) – muito recorrente em pessoas da classe média. Psiquiatras norte-americanos afirmam que tanto a sodomia quanto a podolatria são indicativos de elementos narcisistas, escopofílicos, misófilos, sadomasoquistas e homossexuais na personalidade profunda e inconsciente de ‘sexopatas’.
É verdade que a algolagnia (sadomasoquismo), a sodomia, e outras práticas ditas bizarras, mesmo quando praticadas com um pé atrás, podem ser psicofisicamente prejudiciais tanto para passivos como para ativos – como é o caso, sem restrições, da atração sexual por animais (bestialismo) e crianças (pedofilia), uma vez que animais e crianças não desfrutam de raciocínio, livre-arbítrio e discernimento, tampouco de sexualidade aperiódica, características estas próprias do ser humano socializado. Entretanto, sentir-se atraído por pés, por exemplo, não desrespeita ninguém. Além de sadia, pode ser considerada um dos fetiches eróticos mais humanos e um dos fetiches humanos mais eróticos.
Ver também: Podolatria: prazer ou transtorno?

Fetiche
Nem toda parafilia é um fetiche, mas todo fetiche é uma parafilia. Segundo a teoria do deslocamento erógeno elaborada pelo pai da Psicanálise, os órgãos genitais, cuja visão é quase sempre excitante, dificilmente são julgados belos… Eis a sexualidade. O valor do belo parece ligar-se a certos caracteres sexuais secundários [Ver também: Anatomia do fetiche] (o fértil acessório): peitos (ubrefilia), nádegas, coxas, batatas, ombros, cabelos, pés, vestes, luvas, calçados, cheiros, circunstâncias… Eis a sensualidade. 
Deslocamento é um mecanismo de defesa pelo qual a carga psíquica é transferida de uma representação mental para outras representações, evitando-se assim o enfrentamento direto com a realidade psíquica.
No mundo erótico, pornofísico, ‘pornonírico’, pornográfico e pornocinematográfico abundam calcinhas, sutiãs, sungas, cuecas, bermudas, boinas, vibradores, bonecos infláveis, cadáveres (‘necromania’), fantasmas (‘espectrofilia’), estátuas, monumentos, árvores (‘dendrofilia’), sangue (‘vampirismo’), menstruação (‘menofilia’), pessoas defeituosas (‘acromotofilia’ ou ‘aberração’), esculturas ‘pigmalionismo’), etc. [É interessante notar que boa parte do fetichismo está relacionada aos uniformes (atletas, freiras, enfermeiras, estudantes, aeromoças, médicos, policiais, soldados, padres etc)]
A escatofilia (atração por excrementos, secreções e substâncias fétidas), a coprofilia (atração por fezes) e a urofilia (atração por xixi) são variações fetichistas da parafilia ‘misofilia’(ou ‘cacofilia’); embora rejeitadas pelos puritanos, é por muitos praticada (física e metafisicamente), muitas vezes camuflada sob um ‘eu-sodomita’ (praticante hetero ou homossexual do sexo anal: ‘protolagnia’). Para a Psicanálise ortodoxa, estas variações misófilas, com exceção da urofilia, provêm de uma fase anal (2 a 4 anos de idade) mal resolvida. Da mesma forma, o fetiche dos pés é muitas vezes recalcado inconscientemente sob um eu que se atrai e se identifica por/com esmaltes, botas, meias, entre outros acessórios marginais.

História da Podolatria
Apesar do preconceito de alguns países sul-americanos, a podolatria é, na história da humanidade, considerada um gosto sofisticado, complexo, que advém de uma sensibilidade refinada, cheia de requintes e nobrezas, tais como o gosto pelo vinho, pelo charuto, pelo jogo de bilhar, pôquer, jazz, xadrez… No país do football (ou ‘balípodo’, como quer um ‘certo’ deputado purista da língua), sempre que se fala em podolatria, há alguém que olha com cara de "Ih… Esse cara é um doido!”. A simples menção do desejo de chupar os dedos, lamber as solas, provoca normalmente o olhar incrédulo e surpreso dos interlocutores, incluindo os considerados mais ‘liberados’ sexualmente. É compreensível o estigma suscitado por tal palavra. Além do preconceito cultural, há o preconceito psicolinguístico plantado no inconsciente coletivo. Desde que surgiu nos primeiros catálogos de Psicanálise, os termos podofetichistas foram equivocadamente traduzidos ao português pela palavra ‘pedofilia’, que, na concepção atual de uso, refere-se ao ‘desejo sexual por crianças’. Convém não esquecer que ‘podolatria’ é um brasileirismo, pois em países europeus, a denominação clássica para esse tipo de fetiche é ‘restifismo’, palavra derivada do nome do novelista francês Nicolas-Edme Restif de la Bretonne (1734-1806), autor de ‘Le Pied de Fanchette’ (1769).
A paixão pelos pés não vem de hoje e – embora ocorra também entre as mulheres, como é o caso das poetas Leila Míccolis, Irene Gruss, e da escritora Paula Buratto Caovilla – é mais comum entre os homens. Eles são mais racionalistas, fragmentários… Tendem mais facilmente ao fetichismo, ou seja, a tomar a parte pelo todo – daí ser maior a venda de produtos pornográficos para homens. Podemos encontrar a idolatria dos pés nas obras de Dostoiévski, Wolfgang von Goethe, Henry Miller, James Joyce, Eça de Queiroz, Geoff Nicholson, Colin McDowell, Glenn Wilson, Andrew Neiderman, Francis Bacon, Castro Alves, Manuel Bandeira, Guimarães Rosa, Bernardo Guimarães, Nelson Rodrigues, José J. Veiga, José de Alencar, Machado de Assis.
Vale aqui citar um fato trágico, ou, no mínimo, curioso. Apesar da anacronicidade, o melodramático Castro Alves era um dos poetas preferidos de Manuel Bandeira, que por sua vez era o preferido do maior poeta brasileiro Drummond. Líricos por excelência, Alves e Bandeira sofreram de tuberculose. A de Castro teve como causa o depauperamento das forças decorrentes da amputação do pé devido a um tiro acidental por ocasião de uma caçada.
Nas religiões, o ritual de lavar os pés significa purificação e preparação; na Bíblia, podemos confirmar esta idéia da pureza – Deus fala com Moisés do meio da sarça ardente: “Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.” (Ex. 3:5)
Pergaminhos datados há dois mil anos carregam desenhos explícitos onde mulheres tem seus pés acariciados e reverenciados. Deduções folclóricas evidenciam que a cultura dos pés surgiu de forma institucionalizada na China e se desenvolveu no Japão. Os chineses medievais demonstravam interesse por mulheres de pés pequenos e delicados; daí o velho dito popular chinês: “Um pé pequeno pode compensar a fealdade de uma mulher”.
Segundo William A. Rossi, autor de ‘The Sex Life of the Foot and Shoe’, a evidência de nossa natural podossexualidade é abundante, acumulada por antropologistas, psicólogos, psiquiatras, historiadores de vestuários, e outros observadores qualificados. A influência da podossexualidade foi implantada em livros jurídicos e religiosos (dos hindus, hebreus, cristãos). Crê-se que tudo começou com a imperatriz Taki, que no séc. XI teria nascido com uma deformidade: seus pés eram muito pequenos. Para que a princesinha não fosse discriminada, seu pai, o imperador chinês, fez baixar um decreto-lei que estabelecia que para uma mulher da aristocracia ser considerada bela, nobre, meiga e atraente (e, consequentemente, casar-se) deveria ter pés diminutos. Aos três anos de idade a menina já tinha seus pezinhos enfaixados de forma que os dedos (exceto o dedão) ficavam virados bem para baixo na direção da sola; com isso o arco do pé acentuava-se já que o crescimento frontal ficava obstruído. Aos treze anos, quando atingiam a maturidade sexual e ficavam prontas para casar com seus prometidos, seus pés já estavam imensamente voluptuosos e tão pequenos que elas podiam calçar sapatilhas de dez centímetros. O resultado disso era uma desajeitada forma de andar. Acreditava-se, no entanto, que esse procedimento deixava, reflexologicamente, os músculos da vagina também mais apertados. Atrofiados e ‘imaculados’, os pés das chinesinhas tinham uma anatomia muito peculiar, ressaltando uma forma forçadamente curvada; tinha um propósito: servir como uma pseudovulva, na qual os maridos simulavam a copulação, provocando dessa forma a excitação peniana. W. Rossi também observa que não apenas chineses, mas também tibetanos, coreanos, romanos, russos, suíços, belgas e franceses assimilaram esse ritual às suas respectivas culturas.
No registro da história da Grécia antiga e velhas civilizações do Oriente próximo, encontram-se citações sobre o costume das mulheres em acariciar os genitais de seus amantes com os pés, a fim de excitá-los: a rainha Cleópatra, do Egito, a imperatriz Catarina, da Rússia e Anna Ivanovna, assim como a maioria das damas da nobreza, gostavam de excitar seus amantes pelo uso (e símbolo de dominação) de seus habilidosos e cheirosos pés de açafrão. A palavra ‘domina’ vem do latim e quer dizer ‘senhora’. Alguns antropólogos dizem que a idolatria dos pés está associada a representações sublimadas ou a ritos atávicos em sociedades matriarcais. Curiosamente, na fronteira entre Alemanha e França, nas disputadas regiões de Alsacia e Lorena (causa de pelo menos três grandes guerras), o costume era exatamente o contrário: os homens excitavam com os pés as vaginas de suas amadas. Em outras passagens, existem relatos sobre povos que acreditavam num elo direto entre os pés e a fertilidade. Segundo esses povos, as mulheres estéreis poderiam encontrar sua fertilidade se untassem o dedo maior em uma mistura de cantárida e azeite vegetal.
Verdade ou não, mito ou história, trata-se de um fato que permeia o inconsciente de todas as mulheres… É comprovável, por exemplo, o fato de que as adolescentes se preocupam com o tamanho de seus pés, da mesma forma que os homens com seus respectivos pênis. Aliás, o imaginário feminino associa de maneira subconsciente os pés masculinos com o pênis, inclusive, associam o asseio do sapato de um homem com sua higiene íntima. Muitas meninas, quando enjoam da boneca, tornam-se fetichistas de sapatos; colecionam centenas de pares e não se cansam de aumentar sua coleção. As moças procuram calçados sexualmente mais atraentes, uma vez que o instinto podossexual as direciona para tal.
Na China e no Japão, ainda é utilizada a técnica da amarração pelas famosas gueixas. Nesses países, até hoje, não é comum iniciar uma relação sexual por beijos de língua na língua nem pelo ritual ocidental do sexo oral: lá é de praxe começar-se o ato sexual pela estimulação erótica dos pés da parceira. No livro ‘Esposas e Concubinas’, de Su Tong, percebe-se o quanto a mulher se sente honrada por ter seus pés massageados, uma vez que ela foi a concubina escolhida para a noite de prazer de seu senhor (marido polígamo). No primeiro encontro com sua concubina número 4, o senhor lhe diz: “Os pés de uma mulher são muito importantes. Quando estão confortáveis, ela tem mais saúde, é mais capaz de servir ao seu marido.” Trata-se de uma tradição antiga das nobres famílias chinesas. Isso se deve à reflexologia podal, ciência de origem oriental que estuda nos pés a representação dos órgãos, glândulas e membros do corpo humano, inclusive os genitais – o que vale dizer que uma boa massagem em certos pontos estratégicos dos pés torna-se um afrodisíaco, melhorando a circulação sanguínea, que faz aumentar tanto o deleite quanto o apetite sexual. Pés e tendões saudáveis aumentam a estabilidade do corpo e se tornam poderosa ligação do indivíduo com a energia terapêutica da terra.

Beleza dos pés
Assim falou uma ‘top model’ [Ver também: ‘Foot top model’] brasileira: “A beleza da mulher começa pelos pés. Se a mulher está em paz com seus pés, está de bem com seu corpo inteiro, pois o bem estar começa por eles”. Há mulheres que realmente entendem do assunto e abusam dessa fraqueza masculina. A intenção feminina de colocar em evidência seus pés com o uso de sandálias, anéis, tornozeleiras, tatuagens e outros adornos que ‘enlouquecem’ muitos homens.
Tirar os calçados é o primeiro gesto de intimidade de qualquer pessoa. Baseado neste axioma, fetichistas costumam fantasiar (ou diagnosticar?) que quando uma mulher despe seus pés na presença de um homem, é bom ele ficar alerta, pois se ela começar a balançar os pezinhos [Ver também: ‘Dangling’] peladinhos em sua direção, é ‘hum’ sinal verde para jantar com ela. Ah… se os bares e restaurantes tivessem uma câmera para registrar tudo que ocorre sob as mesas… Há mais coisas entre a mesa e o chão do que supõe nossa vã ingenuidade… E vale considerar: nem todos os cabisbaixos que andam pelas ruas estão melancólicos; muito pelo contrário, estão muito eufóricos. O sexo masculino em geral não dispensa um andar sensual. A nudez de um pezinho cheio de graça, para eles, é uma grande provocação. Para os fiéis amantes dos pés femininos, é uma tristeza quando o verão vai embora: os pés femininos exalam eroticidade, de tal maneira que uma mulher descalça equivale a uma mulher pelada (mais do que nua, provocante). Dizem que as meias são como um “lingerie” [Ver também: Feet striptease], e que os pés são “acessórios fundamentais” de uma boa relação, de maneira que sexo sem pé torna-se um pé-no-saco”! Para alguns, quando os pés femininos estão descalços, não induzem sentimento prazeroso algum, preferindo portanto a seminudez dos mesmos. Há homens que realmente desdenham qualquer relação com os pés femininos, segundo os quais desestimulariam qualquer ereção. Fisiologistas iconoclastas defendem a hipótese de que os pés nada mais são do que partes anatômicas que sustentam um ser humano em pé, além de permitir sua locomoção natural, sendo que qualquer atenção exagerada em relação aos mesmos consistiria numa psicopatologia.
Ora, quem poderia negar eroticidade naquela cena do filme ‘Jackie Brown’ onde as solas da deusa Bridget Fonda oferecem-se a um longo close? A luraça espreguiça sem dó seus voluptuosos dedos sobre a invejada mesinha da sala?…

Os pés no divã e no imaginário coletivo
O pai da Psicanálise, ao constatar que os pés estavam presentes em grande parte dos sonhos eróticos, elaborou uma teoria bastante complexa. Para ele, o menino se torna um fetichista dos pés quando se depara pela primeira vez com uma mulher nua. É um momento de muito espanto para ele, quando percebe que falta algo na constituição física da mulher. A comparação do corpo feminino com o seu é mais do que assustadora: “como alguém poderia fazer isso com a pobre donzela?” – pensa o menino. O susto provocado pela falta de um pênis no corpo feminino e o consequente medo da castração faz com que a criança tente imediatamente encontrar um substituto fálico para a mulher. Nesse momento, o menino, inconscientemente procura por algo que pode ser sexualmente substituído pelo pênis ausente. Os pés e os seios são as únicas partes do corpo feminino que se estendem de forma acentuada para frente. Ou seja, se o garoto erguer os olhos (admirado!) em direção do rosto da mulher, tornar-se-á um fiel adorador de seios; se o garoto descer os olhos (decepcionado!) em direção ao chão, tornar-se-á um fiel amante dos pezinhos femininos… Como o próprio Freud observou, o caso só se torna patológico quando o anseio pelo fetiche se fixa e se coloca no lugar do alvo sexual normal – entende-se por ‘normal’ o instinto natural que garante a própria reprodução da espécie humana. Há quem diga que Villa-Lobos e o próprio Freud eram grandes ‘footsuckers’, uma vez sua forte atração por charutos (símbolo fálico).
Freud não fez fraude, mas alguns fatos limitam a abrangência de sua teoria. Uma terapeuta conta um fato ocorrido com uma de suas ‘pacientes’, que estava aterrorizada com a potência de prazer que sentira durante uma relação. Contou à psicóloga que, durante um relacionamento com um homem, sentiu um prazer imenso ao olhar e cheirar os pés dele. Isso demonstra que o enigma do futefetichismo não é uma questão essencialmente psicanalítica, mas também estética, instintiva, biológica. Atualmente, há três teorias plausíveis em relação ao “enigma do pé”. 1) A neurológica, segundo a qual, a relação mental estabelecida entre pés e sexo é muito natural, pois em nosso cérebro a área responsável pela genitália está intimamente ligada a área dos pés; são áreas adjacentes e quanto menor a distância entre os neurônios, maior o grau de podossexualidade. 2) A psicossociológica, que relaciona o podofetichismo ao desejo de segurança. Analistas costumam afirmar que esta obsessão é mais forte (libidinosa) naquelas personalidades tímidas, utópicas, artistas e espiritualistas. Tais pessoas, segundo a Psicologia ortodoxa, recalcam inconscientemente seu lascivo desejo por concretude, fundamento, suporte, infraestrutura, ‘pé no chão’ – o ‘estar solidadamente e satisfatoriamente aqui’. 3) A psicogenética, que comprovou que uma das atividades comuns do feto é chupar seu próprio dedão do pé. Estudos evidenciam as profundas marcas deixadas na mente por experiências pré-natais fracassadas, cujas repercussões psicológicas se manifestam na vida pós-natal.
Um antropólogo humanista inglês afirma que todos nós somos fetichistas em graus diferentes. Mesmo uma criança pode possuir fetiches: chupeta, peito da mãe, chocalho, fralda… Uma menina das mais bem educadas e puritanas pode guardar em sua personalidade caracteres fetichistas, seja qual for o fetiche: chocolate, roupa, sanduíche, perfume, chiclete, canudo, unha, pele, bijuteria… O problema é que ocorre um bloqueio da liberação de nossos desejos, proveniente da nossa cultura. Não podemos expressar o que realmente sentimos; ou seja, devemos enquadrar os nossos instintos dentro do que é prescrito e padronizado pela nossa sociedade. Nós não somos o que queremos ser, e sim, o que os outros querem que sejamos. Infelizmente é assim. Os nossos desejos e fantasias mais íntimos, quando reprimidos, podem nos trazer distúrbios psíquicos, como depressão, angústia e um consequente fracasso sexual, ou insatisfação, além de doenças psicossomáticas.
Dados estatísticos comprovam: 46% das mulheres entre  20 e 30 anos já vivenciaram alguma experiência com  algum podólatra; 73% já tiveram seus pés elogiados;  82% gostariam que seu parceiro realizasse fantasias eróticas envolvendo seus pés; 62% utilizam seus pés  quando pretendem seduzir um homem; 60% sentem prazer  quando têm seus pés beijados, acariciados, cheirados  ou massageados.
Segundo Havelock Ellis, em ‘Erotic Simbolism’ (1906),  “Acariciar os pés de uma outra pessoa, sobretudo se são bem-feitos, pode se tornar uma paixão para certas crianças; e muitos adultos admitem conservar um  resquício do mesmo impulso. O interesse de algumas mães pelos dedos dos pés de seus filhos, e que elas  exprimem com uma violência apaixonada, é muito  frequente; aí está um fator de ordem sexual de grande  importância.” O jornalista e contista mineiro Ivan Angelo também aborda o mesmo assunto em um de seus  artigos à revista Playboy: “Criança, se diz, tem  atração por pés. Ela beija o próprio pé, chupa o dedão, em contorcionismo prazenteiro. Pais e mães esfregam seus pezinhos no rosto, no nariz, riem, fazem festas. É tudo agradável, alegre, inocente. Há  mulheres que conservam pela vida afora essas sensações de delícia quando alguém manipula seus pés e revivem  aquele prazer da infância, entregando-se, dóceis, à antiga carícia.” O humorista Maurício de Sousa – no  almanaque de reedição das melhores histórias da Mônica  nº69 (hehehe!) – leva às últimas consequências o  podofanatismo, em ‘Pedro, o Podólatra’. Em oito páginas de puro humor, o autor conseguiu atrair a  atenção de crianças, jovens, adultos, podólatras, não-podólatras, fanáticos e românticos.  Um médico observou que quando se beija ou massageia os pés das mulheres, elas se tornam mais íntimas e  consequentemente deixam fluir seus prazeres com mais intensidade. Elas sentem-se mais ‘idolatradas’,  investindo naquela relação. A atitude de venerar os pés traz uma ideia de respeito, admiração e humildade.
Reza uma lenda da Coreia do Sul que de cada cem homens, sessenta e seis sentem-se atraídos por pés femininos. Dos sessenta e seis, seis são confessos e extrovertidos, e os sessenta introvertidos até zombam da ‘parafilia’ dos seis ‘anormais’ e ‘amorais’. É claro que existe aí uma simbologia relacionada ao número 6, que, segundo a tradição cabalística, é a representação da paixão e da curiosidade psicomágica.
Alguns tarólogos não hesitam em afirmar que pés e mãos estão intimamente relacionados à atração sexual, não só proveniente da beleza escultural dessas partes, mas pelo número 10 (dedos) nelas impregnadas (1=pênis, 0=útero).
Na imortal obra ‘A Vênus das Peles’, Leopold von Sacher-Masoch escreve: “O homem e a mulher são inimigos naturais. O amor pode chegar a uni-los, por um breve tempo, para formar uma só coração, uma só mente, uma semente, uma só vontade. Mas, logo em seguida, o anel se rompe porque um deles impõe sua vontade ao outro. A verdade é que um deveria prostrar-se aos pés do outro. Naturalmente deve ser o varão quem caia debaixo dos pés de sua senhora.”  É curioso que muitos podomaníacos, embora possam trabalhar em outros setores, preferem ficar anos e até  décadas como pedicuros ou atendentes em lojas de calçados e moda feminina... Psicanalistas africanos  afirmam que alguns fetichistas podem até mesmo escolher inconscientemente cursos relacionados à sua  fixação – medicina, fisiologia, fisioterapia, educação física – e exercerem profissões compatíveis, tais como  as funções de ortopedista, podologista, professor de natação, salva-vidas, médico geral, entre outras.

A sexualidade humana guarda mistérios indecifráveis.O objetivo deste texto jamais poderia ser de decifração, pois desta forma estaria contribuindo para o fim da sedução. Sua finalidade é de conscientização das diferenças. Dedicado a Édipo e Aquiles, é uma compilação de diversas e raras fontes sobre o tema. Trata-se de uma obra em colaboração (produzida por diversos pesquisadores que compartilham de uma sexualidade mais globalizada e conscientizada). 



Ver também
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Com os pés na cabeça

Pode ser a Tiazinha ou a Margareth Tatcher. A primeira coisa que o carioca Capa (como preferiu ser chamado para não revelar sua identidade) vai olhar são os pés. Ele é podólatra desde pequeno. Hoje, aos 63 anos, ele não se interessa mais pelo físico, inteligência ou simpatia de uma mulher: "eu não quero saber se a garota é feia, bonita, zarolha... eu quero ver o pé dela!", conta.
Toda essa obsessão se chama podolatria. A palavra vem do grego: podo (pés) e latria (adoração), e designa pessoas que não vêem os pés como outra parte do corpo qualquer, mas sim como uma parte que desperta fantasia e desejos sexuais.
Segundo a psicóloga Laura Menezes, "Não tem nada demais gostar de pés. Freud diz que a sexualidade não é só no genital. Mas, se o pé passa a ser um fetiche, se a pessoa passa a gostar só de pés, há uma supervalorização deste órgão. A erogenização do membro tem um investimento libidinal grande e a pessoa deixa de usar essa energia para coisas mais produtivas como o trabalho, conhecimento, o lazer, na parte amorosa e também no ato sexual".
Capa se encaixa neste quadro: "No meu caso se tornou uma coisa mais doentia. Eu fico 24 horas por dia pensando em pés", revela. Durante muito tempo ele se sentiu culpado e diz que só passou a se aceitar depois que o cartunista Henfil, disse publicamente ser um podólatra. Nesta entrevista para o Mulher de 30, Capa contou detalhes sobre a sua maior paixão desde a sua infância até hoje dias de hoje. Conheça a história deste homem que vive com os pés na cabeça!
Mulher de 30: Como você define podolatria?
Capa: A podolatria, no meu modo de entender, é uma submissão. O pé é uma parte do corpo que fica lá embaixo e o podólatra se sente dominado pela pessoa por causa dele. O carinho no pé é normal, mas para mim é a submissão total
Mulher de 30: Quando você descobriu essa fascinação por pés?
Capa: Desde garotinho eu sou podólatra. A minha primeira lembrança de podolatria foi quando eu tinha dez anos. Eu estava na rua, morava em Ipanema e vi um menino da mesma idade que eu subjugando um garoto mais fraco. E ele colocou o garoto deitado no chão, e ficou segurando os braços dele, enquanto sua irmãzinha vinha e ficava pisando no rosto do garoto. Aquilo na minha idade me deixou doido. Então, todo dia eu provocava briga com esse menino pra ver se a irmã dele fazia o mesmo comigo. Eu era mais forte que ele, mas me deixei dominar e falei "só não vale a sua irmã pisar na minha cara". Aí lógico que ela foi e isso pra mim foi o máximo!
Mulher de 30: A podolatria pode ser considerada uma espécie de perversão?
Capa: Eu não admito, em hipótese alguma uma pessoa fale uma coisa dessas, como eu vejo falarem. Não é. Os podólatras e os masoquistas são pessoas dóceis que não fazem nada para prejudicar ninguém e têm até medo que isso cause qualquer tipo de constrangimento para a pessoa.
Mulher de 30: Você já foi recriminado por ser podólatra?
Capa: O podólatra é tratado como tarado. Tarado por pés. Eu acho uma coisa muito forte. A coisa que eu mais queria no mundo era ser como outra pessoa qualquer. Mas na minha condição, eu só gosto de pés, mais nada.
Mulher de 30: O resto do corpo da mulher não te atrai? Nem a idéia de fazer sexo com ela?
Capa: Não. A não ser que ela me obrigue para o prazer dela. Aí entra o meu lado masoquista. Eu não sinto prazer em fazer sexo. Eu gosto de ser mandado, eu quero ser escravo.
Mulher de 30: E onde o pé entra nisso?
Capa: Por exemplo: eu estou aqui e, embaixo de uma mesa, uma garota tira o sapato. Isso me excita. Não que eu vá ficar "ereto" mas me dá uma sensação boa. Eu não paquero, eu "pé-quero".
Mulher de 30: Então o seu orgasmo é mais visual do que físico?
Capa: Perfeito.
Mulher de 30: Você tem atração só por pés femininos?
Capa: Só. Eu nem gosto que nenhum homem saiba que eu sou podófilo. E não gosto de pés masculinos de maneira nenhuma. Aliás, nem sei como mulher gosta de homem! Chatos, feios, cabeludos...
Mulher de 30: Como você se sente sendo podólatra?
Capa: Eu sempre tive muita sensação de culpa por causa disso, como sinto até hoje. Eu tentei fazer psicanálise, mas não deu certo. Eu ficava olhando pro pé da minha psicanalista. Eu também já estive internado em um sanatório porque eu não me aceitava, então bebia muito. Eu via o exemplo dos meus irmãos, casados e com filhos e eu só gostava de pés, de apanhar. E achava aquilo horrível. Daí, cortei os pulsos, tinha mania de suicídio. Então, eu saí das "trevas da ignorância". E quem me tirou foi o Henfil, que foi a primeira pessoa pública a se declarar um podólatra. Passei a ver que eu sou assim e que iria tentar viver com isso. Mas a coisa cresce: começa com pés, vai para as bofetadas, com o tempo passa para as chicotadas e vai crescendo. Aí sim, que eu acho que é perversão. Mas eu só admito que a pessoa seja chamada de tarada quando ela prejudica alguém. Eu não prejudico ninguém. O masoquista gosta de humilhação, de ser escravizado. Mas, que nós somos totalmente discriminados, nós somos.
Mulher de 30: E como a sua família vê tudo isso?
Capa: Ninguém sabe. É difícil, é como se fosse uma vida paralela. Meus amigos homens não sabem. E é horrível pra mim isso. Eu choro. Eu tenho um filho e morro de medo que ele saiba de qualquer coisa. Porque as pessoas não vão entender em hipótese alguma. Isso é tratado como uma aberração.
Mulher de 30: Você tem outro fetiche além de pés?
Capa: Como eu disse, a coisa vai crescendo: primeiro eu gostava de pés, agora eu gosto de sandálias usadas. Eu compro sandálias usadas de mulher. Eu não compro em brechó, eu quero a sandália que a mulher estiver usando naquele momento. Eu me masturbo pensando no pé que calçava a sandália. É loucura, mas eu não prejudico ninguém.
Mulher de 30: E você gosta de pés com chulé?
Capa: Eu gosto de pé meio suadinho. Eu não gosto de pé com cheiro de sabonete, não pode estar perfumado, não. Uma vez eu arrumei uma namorada, na época em que eu namorava. Era uma garota muito bonita. Ela passou perfume no pé e eu nunca mais a vi! Mas, o que me excita realmente é estar sentado em um barzinho e ver uma garota tirando o sapato. Mas ela tem que estar sabendo que eu estou olhando pro pé dela. Porque, senão, eu iria pra praia. Mas na praia eu não sinto tesão nenhum. Eu gosto que a garota veja que eu estou vendo o pé dela e que ela fique mexendo os dedinhos.
Mulher de 30: E qual o seu tipo preferido de pé?
Capa: Grande. A idéia de pegar o pé de uma jogadora de basquete me atrai. Quanto maior, melhor. Eu gosto dos pés da Simone, da Vera Fisher... Tem várias. Não gosto do pé da Tiazinha, porque acho pequeno demais. Gosto de pé com a sola cor de rosa. Gosto de pé forte, com as veias aparecendo. Enfim, gosto de todo tipo de pé, menos de pequenininhos, mas aceito também, de bom grado!
-- Dominique Abaurre Valansi

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Com o mundo a seus pés



Não são só belos bumbuns, maravilhosos pares de seios ou uma barriguinha malhada que fazem sucesso com os homens. Os pés, às vezes tão desprezados, também são capazes de deixá-los enlouquecidos. O fetiche pelos pés não descarta a admiração por outras partes do corpo que costumam encabeçar a lista das preferências nacionais. Mas são um complemento de grande importância. Principalmente quando, além de bonitos, são bem tratados. "Sinto prazer ao olhar para uma mulher que tenha pés cuidados e limpos", diz o hoteleiro Maurício Zart, 31 anos. Para ele, isso revela a sensibilidade de uma pessoa. "Acho lindo pés branquinhos ou bronzeados em sandálias havaianas", sugere. O ginecologista Erwin Rondon, de 43 anos, concorda com Maurício. "O pé, na minha opinião, é uma parte muito importante no corpo da mulher", afirma. "São sensuais e sexuais.”
Ter belos pés é um dom. Quem ostenta esse privilégio usa e abusa de sandálias e esmaltes sem medo de fazer feio. Mas quem não recebeu tal presente não é obrigada a condenar os pés ao uso sufocante dos sapatos fechados. Um bom tratamento faz com que eles se tornem simpáticos e agradáveis ao olhar. Nos dias ensolarados e quentes, um dos grandes prazeres é colocar uma roupa leve acompanhada de um calçado que deixe os pés fresquinhos. No frio, os cuidados também são indispensáveis. Tratar desse fetiche masculino não é difícil. A podóloga Simone Soave, de 23 anos, dá as dicas: ”O ideal é ir ao podólogo pelo menos uma vez por mês”. E mais: “É preciso usar sapatos confortáveis”, diz. “Os calçados de bico fino podem ser bonitos em algumas ocasiões, mas usá-los com frequência é garantia de que logo algumas calosidades surgirão nos dedinhos.”
Esses cuidados não bastam para tornar os pés réplicas perfeitas dos delicados pés de Cinderela. Mas poderão torná-los exibíveis sem nenhum constrangimento. E com garantia de sucesso. A prova está nos pés de algumas musas que mostraremos a seguir. Elas, além de exibir seus corpos e rostos belíssimos, também exploram as imagens dos pés, em trabalhos de publicidade e desfiles de calçados. Algumas até substituem os pés de artistas famosos. Independentemente de forma ou tamanho, eles são bem tratados, o que os torna belos espécimes capazes de alimentar o fetiche masculino.
Os pés proporcionam uma situação de excitação visual semelhante aos seios, bumbuns e pernas. A opinião é do profundo admirador dessa parte do corpo e que se dedica pelo menos a cinco anos a fotografá-la. Rodrigo Lopes, 36 anos, é um dos responsáveis pelas fotos dessa reportagem, e sua paixão por pés vem de muito tempo. “É um fetiche que começou desde os 15 anos”, conta Lopes. Rodrigo, autor de um ensaio pessoal de pés com mais de mil imagens, garante que nenhum pé é feio,desde que bem cuidado. Agora, existe os que são perfeitos. Segundo ele descreve, os mais bonitos são aqueles em que o dedão tem o mesmo tamanho que o segundo dedo e vai formando uma escadinha até o dedinho. O projeto de Rodrigo para o futuro, é compilar imagens e texto de autores famosos sobre o fetiche dos pés.

-- Sonia Vieira

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Eles adoram pés, elas amam sapatos

O pé é uma arma feminina pouco difundida, mas muito cultuada. Do fetichismo à podolatria, a admiração pelos pés ganha contornos comportamentais interessantes, como a obsessão por sapatos e o despertar do desejo sexual.
Muitas mulheres se declaram apaixonadas por sapatos e não dispensam a pedicure semanal, mas muitas não se dão contam do poder que essa mania tem sobre os homens.
Há muito, os pés femininos têm sido adorados pelo sexo masculino, que se curva à visão de um pé bonito - de salto alto de preferência.
As mulheres possuem um arsenal eficiente para explorar esse fetiche. O mercado está abarrotado de modelos de sandálias para lá de sexy; além das mulheres saberem investir em cuidados e adornos para os pés.
"Tenho mais de 400 pares de sapato, todos de salto", declarou a recepcionista Josi Aasen. "Pra mim não importa se o sapato aperta, dói, se é bonito, compro e uso. Os homens não resistem. Tenho até uma podóloga para cuidar dos meus pés", diz.
O El Foco aproveitou a ocasião da maior feira de calçados da América Latina, que aconteceu em janeiro, para constatar qual é a real da relação com os pés. Depois de conversar com cerca de 100 pessoas, de ambos os sexos, concluímos que:
- A grande maioria dos homens repara nos pés femininos, e para alguns é a parte preferida do corpo feminino, deixando até mesmo o bumbum, de escanteio. "O pé é parte mais sexy do corpo da mulher". Eduardo Ramos Cruz, empresário.
- Unhas mal tratadas, calos e dedos tortos foram considerados broxantes para a maioria dos admiradores. "Reparo muito nos pés das mulheres, adoro morder, pé mal cuidado corta o barato, calcanhar rachado, então, é horrível!". Reginaldo Mendes, vendedor.
- Sandália de salto alto é o adereço preferido para pés bem cuidados. "É lindo ver um pé de mulher vestindo uma sandália de salto com as unhas pintadas, é muito feminino". José Luís Medeiros, representante de calçados.
- A tese de que as mulheres não dão muita importância para os pés masculinos foi confirmada, salvo algumas poucas exceções.

-- Juliana Monteiro

O poder do salto alto sobre os homens | O que estou usando - Pés femininos | 2 em cada 3 homens sempre reparam nas mãos e pés femininos, diz pesquisa | Com o mundo a seus pésA vida secreta do seu sapato | Como reconhecer um podólatra


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Ela pisa... e eu adoro...

Os pés podem se prestar a muita coisa além de suportar um corpinho. Que o digam os podólatras, adoradores da extremidade inferior do ser humano. Podolatria é isso mesmo: fetiche pelos pés. Não quer dizer que o apreciador da coisa em questão seja um submisso (embora muitas vezes ele o seja) nem tampouco que tenha vocação para habitar o manicômio. Podolatria só é considerada doença quando vira obsessão e se toma a única forma de excitação erótica do carinha, quando todo o resto do corpo é desprezado na hora da libertação dos gametas masculinos. E, assim mesmo, segundo uma perspectiva freudiana mais ortodoxa que caixa de Maizena. Quer dizer, apenas, que esse pequeno (ou grande) totem recebe tratamento super-hiper-ultra-especial nos ritos de volúpia. E que deles participa ativamente, sem aquela função marginal de uma típica extremidade. Mas há quem garanta que a maior satisfação está apenas em curtir os pés do sexo oposto (na maioria dos casos, os das mulheres, seja por homens ou por colegas de gênero devotadas ao safismo), que, somados a outros predicados, fazem da mulher o maior fetiche de todos (ufa!). Por Kika Salvi | Fotos: Danilo Borges 


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"Meu namorado pira em chulé"

Translator
"Ele fica todo animado quando cheira meu chulé" (Reportagem: Ricardo Régener) | Ter fetiches é absolutamente normal. "Se a conduta dele não ofende, não faz a namorada infeliz e não gera problemas nos seus círculos de convívio, ele não precisa de tratamento", diz a sexóloga Maria Lúcia Beraldo.
Nayla: "Sei bem como arrancar suspiros do meu namorado: basta deixar meus pés úmidos e usar um sapato fechado sem meias e nenhum talco."
Anderson: "Desde pequeno sinto uma vontade louca de cheirar pés femininos, principalmente aqueles calçados com botas fechadas, scarpins, sapatilhas..."



"A engenheira Flávia de Moraes jura de pés juntos (e com chulé) que o namorado dela gosta – e muito - do cheiro que seus pezinhos exalam." -- Leia mais



"Até depois de uma corrida meu namorado tira meus tênis e meias para poder mimar os pés. Acho isso louco, mas gosto", revela a publicitária Renata Rode. -- Minha Vida!!!



"Ela não tinha chulé; o que ela tinha era um cheiro adocicado, penetrante, estranho, indescritível: me deixava quase em transe."-- Podolatria e Cia


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Beijoqueiro troca as mãos pelos pés nos bares noturnos de Ribeirão Preto

Faltam apenas 50 beijos para ele terminar sua promessa para Santa Luzia. Carlos José, mais conhecido nos bares noturnos de Ribeirão Preto como o "beijoqueiro de pé", diz que já beijou 1.150 pés femininos nos últimos seis meses para ver diminuída sua miopia de 10 graus no olho direito e 5,25 no esquerdo. 
Detrás de suas grossas lentes e algumas vezes usando terno e gravata, o beijoqueiro de pé ataca meninas em grupo ou sozinhas nos finais de semana, depois de percorrer de ônibus a distância de 28 km que separa Ribeirão da fazenda onde mora e trabalha, em Cravinhos. "Sempre pergunto com muito respeito se posso beijar o pé dela", diz.

O estudante Carlos José Silva beija o pé da modelo Aline Mil Homens, na choperia Willy, em Ribeirão Preto

Ele diz não se incomodar quando as pessoas começam a rir. "Todo mundo ri quando eu conto minha promessa, mas eu não me importo. Tem alguns amigos meus que, depois das risadas, dizem que vão me imitar", afirma. O beijoqueiro garante que não escolhe pés. "Só não pode ser de homem", diz. Entre suas melhores lembranças da promessa está uma garota chamada Verônica que permitiu que ele desse 500 beijos no seu pé. "Era um pé macio, perfumado e muito bonito", afirma. 




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Literatura

"Ter aquele pezinho em suas mãos, senti-lo estremecer e palpitar de emoção, cobri-lo de beijos, acariciar a rósea cútis diáfana tecida de veias azuis, brincar-lhe com as unhas crespas, como conchinhas de nácar, cingir ao seio esse gnomo gentil, titilante de amor e volúpia!"
-- A Pata da Gazela; José de Alencar

Teus pés são voluptuosos: é por isso
Que andas com tanta graça, ó Cassiopéia!
De onde te vem tal chama e tal feitiço,
Que dás idéia ao corpo, e corpo à idéia?


Camões, valei-me! Adamastor, Magriço,
Dai-me força, e tu, Vênus Citeréia,
Essa doçura, esse imortal derriço…
Quero também compor minha epopéia!

Não cantarei Helena e a antiga Tróia,
Nem as Missões e a nacional Lindóia,
Nem Deus, nem Diacho! Quero, oh por quem és,

Flor ou mulher, chave do meu destino,
Quero cantar, como cantou Delfino,
As duas curvas de dois brancos pés.
-- Estrela da Tarde - Manuel Bandeira

"Virgílio, o poeta mais elegante que tem existido, compreendeu que Vênus ocultasse aos olhos do filho, na selva líbica, a beleza imortal de seus olhos, de seu sorriso, de suas formas sedutoras; mas não aquilo que era sua essência divina. Foi pelo andar que ela revelou-se deusa."
-- A Pata da Gazela; José de Alencar

"Ah! Eu desejava ser uma nação; assim como há demônios-legiões, por que não pode haver homens-povos? Se o fosse, daria um trono a essa mulher, somente para que ela instituísse o beija-pé. Como eu seria cortesão! Como eu a beijaria por minhas cem bocas de súdito!"
-- A Pata da Gazela; José de Alencar

"A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos."
-- Espumas Flutuantes; Castro Alves

Amo espreitar a negligente perna
Que mal se esconde nas rendadas saias,
Ou ver subindo o patamar da escada
Sem asas, a voar, um pé de fada!

Um pé, como eu já vi, de tez mimosa,
De tez folha de rosa,
Leve, esguio, pequeno, carinhoso,
Apertado, a gemer, num sapatinho;
Um pé de matar gente e pisar flores,
Namorado da lua e pai de amores!

Um pé, como eu já vi, subindo a escada
Da casa de um doutor;
Da moçoila gentil, erguida a saia,
Deixou-me ver a delicada perna.
Padres, não me negueis, se estais em calma,
Um coração no pé, na perna uma alma.

Poeta do amor e da saudade.
Depois de morto, peço,
Em vez de cruz sobre a funérea pedra
A forma de seu pé: foi o meu culto
Quero sonhar o resto, em quanto a lua
Chorosa e triste, pelo céu flutua



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Artigos sobre podolatria



Podólatra aos pés de sua senhora
A vida secreta do seu sapato (Revista Nova)
"Sempre achei meu pé feio e fazia de tudo para não chamar atenção para eles. Pintava as unhas com base e pronto. E não me preocupava em colocar sandália aberta - a verdade, evitava. No início, não sabia que o Caio tinha essa atração. Mas um dia ele me pediu para passar esmalte vermelho, no mesmo tom que usava nas mãos. Com o tempo, fui perdendo o complexo, acabei acreditando que meus pés são bonitos de tanto que meu namorado elogia. Acho divertido brincar com eles para excitar meu querido. Se estou sentada no sofá assistindo televisão, ele logo vem beijar meus pés."

"Acho louco, mas gosto"
"Na piscina ele também não dá trégua. Outro dia fiquei conversando com a minha tia enquanto ele massageava os meus dedos e solas por um tempão. Até depois de uma corrida meu namorado tira meus tênis e meias para poder mimar os pés. Acho isso louco, mas gosto." Leia aqui

"Ele quer saber o que se esconde dentro dos meus sapatos" (El País)
"Estou sentada em uma espécie de divã, confortável, mas não em excesso. O quarto é pequeno e o ambiente carregado. Um homem se aproxima e sorri para mim. Pergunta se pode tirar-me os sapatos e oferecer uma massagem nos pés. ‘É claro’, lhe respondo. Descalça-me com uma delicadeza surpreendente, em parte ansioso e em parte entusiasmado." Veja mais

Eles adoram pés, elas amam sapatos (El Foco)
O pé é uma arma feminina. Leia aqui

Com o mundo a seus pés
Os pés, às vezes tão desprezados, são capazes de deixar os homens enlouquecidos. Leia aqui

Pode parecer bastante estranho... (Vix)
A engenheira Flávia de Moraes jura de pés juntos que o namorado dela gosta – e muito - do cheiro que seus pezinhos exalam. De preferência, depois de ela usar um determinado tênis o dia inteiro. Leia aqui

Ela pisa... e eu adoro (Revista VIP)
Podolatria é fetiche pelos pés. Há quem garanta que a maior satisfação está em curtir os pés dela, que, somados a outros predicados, fazem da mulher o maior fetiche de todos. Leia aqui

Pisa menos! (UOL Estilo)
Repórter do UOL investiga o tesão por pés, como candidata infiltrada em concurso fetichista de podolatria. Leia aqui

Pés: O fetiche dos homens (Vila Mulher)
"Toda mulher gosta de ter alguma parte do corpo que desperte o interesse sexual. A gente fica preocupada em manter a barriguinha em forma e o bumbum empinado, mas esquece dos pés, fetiche de muitos homens. Eles são loucos por pés!" Leia aqui

A gente baba por estes pés (Playboy)
"As cortes russas tinham especialistas em lamber pés reais." Leia aqui

Por que eles são fãs de pés femininos? ("Nem Lolita nem Balzaca")
"Equações simples. Mulher de beleza moderada + pés lindinhos = partidaço! Mulher linda + pezinhos judiados = meia boca. Mulher bonita + pés maravilhosos = beldade que faz o que quer com o cara!" Leia aqui

Nos passos do desejo (Reino de K@)
"Virar o pescoço para apreciar uma mulher bonita que passa é quase um reflexo masculino. Mal dá as costas ao sujeito, a mulher já pode adivinhar exatamente para onde ele vai olhar. Será? E se ele desviasse os olhos para os calcanhares redondinhos que escapam da sandália?" Leia aqui

Veja também:
Reportagem em vídeo | Pé-nitencia | Mini-tratado | Livros | Histórias | Prazer ou transtorno? | Outros



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"Gosto de ver pés femininos em Havaianas"

Todo mundo tem suas preferências na vida sexual. Você acha que a sua é incomum? Pois você nem imagina o que existe por aí! Lembre-se do que o Caetano Veloso fala em uma música: 'De perto ninguém é normal'. A vida sexual é assim. Normal, quem é nesse assunto? O tesão pelos pés, por exemplo, é coisa que muito homem tem. Você é apenas um deles. Não importa se são pés descalços, vestidos com sapato de salto ou sandálias de borracha. Isso é muito pessoal.

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E ainda

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Feromônios e suor

Calor enlouquece amantes de pés

Pé tem cheiro característico
Mesmo sem chulé, o pé tem um cheiro característico. Todos os animais produzem certas substâncias no corpo que exalam odor, são os feromônios. Eles servem para identificar o indivíduo e, em certos animais, como forma de atração do sexo oposto.
O Guia dos Curiosos; Duarte, Marcelo; Cia. das Letras.


Pesquisa explica atração sexual pelo cheiro
Cientistas americanos conseguiram identificar o processo químico da atração sexual desencadeada pelo olfato. O estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Maryland, traz detalhes do funcionamento dos feromônios - hormônios do corpo, cujas secreções atraem o sexo oposto. Nos [outros] animais, já está comprovada a importância dos feromônios para o relacionamento sexual. Em algumas espécies de mamíferos, como o homem, entretanto, ainda não é possível saber com precisão como esses hormônios agem. A pesquisa foi publicada pela revista britânica Nature. Os pesquisadores identificaram nervos no nariz que são altamente seletivos e capazes de identificar feromônios em minutos. Os nervos fazem parte do órgão vomeronasal, uma estrutura localizada um centímetro após as narinas. O estudo sugere que o órgão "traduz" os feromônios em respostas elétricas, regulando a atração sexual nos mamíferos. “Com a capacidade de visualizar a atividade funcional dos feromônios, em combinação com manipulações genéticas, seremos capazes de decifrar a comunicação dos feromônios entre os mamíferos”, afirmou um dos pesquisadores. O resultado, segundo os cientistas, indica que esses nervos podem ser os mais sensíveis detectores quimícos dos mamíferos.
Do clipping diário de notícias do PlanetaVida

A atração sexual do suor
Nova pesquisa comprova os efeitos de substâncias da transpiração na capacidade de despertar a atração sexual. Um laboratório quer usá-los para tratar problemas sexuais.
O amor não começa quando os olhares se encontram, mas sim um pouco mais embaixo, no nariz. "Há circuitos que vão do olfato até o cérebro e levam uma mensagem muito clara: sexo", explica María Rosa García Medina, especialista em sentidos químicos do Laboratório de Pesquisas Sensoriais do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), da Argentina.
Durante o último encontro anual da Sociedade Britânica de Psicologia, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Northumbria, em Newcastle-upon-Tyne, anunciou o resultado de um estudo sobre a influência de determinadas substâncias do suor, os feromônios, na capacidade de atração sexual. O estudo baseou-se na projeção de fotografias de homens para diferentes grupos de mulheres, que avaliavam cada um segundo seu sex-appeal. A classificação "atraente" era mais freqüente quando os cientistas borrifavam o ambiente com feromônios. Segundo Nick Neave, chefe da pesquisa, os mais beneficiados pelo efeito afrodisíaco do suor foram os homens de aparência mais comum.
Amor ao "primeiro cheiro"
Um tradicional exemplo do estreito vínculo entre olfato e desejo é a síndrome de Kalman, um quadro genético de alteração hormonal que prejudica a puberdade e que está acompanhado por uma ausência congênita do olfato. Com a ajuda de tratamento, esses pacientes chegam a ter níveis normais de hormônios, mas não recuperam o olfato e isso têm efeitos diretos em sua vida afetiva.
"No consultório atendo pacientes com problemas de olfato, todos com dificuldades no plano sexual. Uma paciente me disse que desde que perdera o olfato não tinha vontade de ter relações sexuais com o marido", conta García Medina. 
Salutia

Os feromônios ou as feromonas (do grego phero, "transmitir", e hormona, "excitar") são substâncias químicas que, captadas por animais de uma mesma espécie (intraespecífica), permitem o reconhecimento mútuo e sexual dos indivíduos. Os feromônios excretados são capazes de suscitar reações específicas de tipo fisiológico e/ou comportamental em outros membros que estejam num determinado raio do espaço físico ocupado pelo excretor. Existem vários tipos de feromônio, como os feromônios sexuais, de agregação, de alarme, entre outros.
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"Meu namorado adora o cheiro dos meus pés"
Podólatra gato rouba bota e meia após lamber pé de mulher
"Cheira meus pés", ela ordenava docemente
"Desde pequeno sinto uma vontade louca de cheirar pés femininos"
"Os pé dela tinham um cheiro adocicado, penetrante, estranho, indescritível."
De vilão a afrodisíaco: a magia do chulé feminino



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