Tu sabes que enfeitiças meus sentidos,
me seduzes no néctar que te aflora,
que brota entre teus dedos recolhidos
nas botas em que vais, minha senhora.
Acham-me tosco? Ridículo? Estranho?
por me atirar aos teus pés inebriado?
Saibam que meu prazer não tem tamanho,
me purifico em teu suor sagrado.
Transpirando todo o poder e graça,
teu pé descalço, quando me amordaça,
faz-me louco à espera do outro pé.
Teus pés exalam poder de mágico incenso,
que me aprisiona, me domina, me devora!
Jogas-me ao chão no ritual de quem te adora
e ao aspirá-los sei o quanto te pertenço.
Vivo delírios nesse aroma tão intenso,
na inevitável queda livre então sugado
pelo prazer, cada vez mais escravizado,
não sou mais dono do que sinto, do que penso.
Vai meu nariz envolto nesse sanduíche,
entre teus pés suados, saídos dos tênis!
Na estranha ligação feita feito fetiche,
aspirar teu chulé me faz vibrar o pênis!
O suor dentre os dedos é prata no piche,
narcótico poder me toma enquanto gemes,
que se dane o normal, o mundo, que se lixe!
sou arfante mortal beijando os pés de Ártemis!...
Assim mergulho, feromona em feromona!,
empunho o falo, tua voz é minha dona,
em dominante irresistível sedução.
E nesse doido, delicioso sacrifício,
meu corpo se divide em fogos de artifício,
a mente se sufoca de tanto tesão!...
entre teus pés suados, saídos dos tênis!
Na estranha ligação feita feito fetiche,
aspirar teu chulé me faz vibrar o pênis!
O suor dentre os dedos é prata no piche,
narcótico poder me toma enquanto gemes,
que se dane o normal, o mundo, que se lixe!
sou arfante mortal beijando os pés de Ártemis!...
Assim mergulho, feromona em feromona!,
empunho o falo, tua voz é minha dona,
em dominante irresistível sedução.
E nesse doido, delicioso sacrifício,
meu corpo se divide em fogos de artifício,
a mente se sufoca de tanto tesão!...
Se soubesses o que meu corpo sente
quando aos teus pés dominado me entrego!
Que delírios invadem minha mente,
é como encher de luz o olhar de um cego!
Em tua voz faz-se doce o sarcasmo,
dos pés flue a fragrância que eu venero,
pois teu suor condena-me ao orgasmo,
obrigas-me a fazer o que mais quero.
Assim me acossas, me prendes, sufocas,
quando em meu rosto deslizas descalça!
É tão grande o prazer que em mim provocas,
patinadora em sedutora valsa!
Mas se preferes mesmo me tratar
feito reles moeda de um centavo,
se te comprazes em me abandonar,
perdoa as queixas deste teu escravo.
Ceguinho do Ceará
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penetrante, estranho, indescritível."
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